A Osteoporose é uma doença assintomática, silenciosa e gera danos irreversíveis se não tratada a tempo, causando prejuízos à qualidade de vida da pessoa.
Por não apresentar sintomas, muita gente só descobre quando a primeira fratura acontece (75% dos casos). O quadro piora quando há uma fratura no quadril, a segunda mais comum como consequência da osteoporose, pois deixa a pessoa cheia de restrições.
É assustador, mas para se ter uma ideia, a fratura de quadril leva 20% dos pacientes a óbito dentro dos primeiros 12 meses.
Precisamos reverter isso! E como se faz? A partir do seu diagnóstico precoce. 

Entenda a doença
Ela é caracterizada pela perda de massa óssea progressiva, que provoca porosidade e enfraquecimento dos ossos, capaz de causar fraturas em todo o corpo, especialmente regiões como punhos, coluna, quadril e fêmur.
Em idosos, sua pior consequência é a dificuldade de locomoção, interferindo muito na qualidade de vida e autonomia. 

Fatores de risco 
Sedentarismo, dieta pobre em vitamina D, potássio, cálcio e outras vitaminas, além de alcoolismo, fumo e deficiência hormonal.
Na mulher, ela costuma surgir mais cedo, exatamente por conta da redução dos estrógenos, pós menopausa.
Certos medicamentos também impactam na perda óssea, especialmente corticoides, antiepilépticos, hormônios tireoidianos, anticoagulantes e/ou quimioterapia.
Portadores de doenças como artrite reumatoide, esclerose múltipla, insuficiência renal, hipertireoidismo e outras reumáticas, devem se preocupar antes. 

Mas afinal, qual exame detecta e quando fazer?
De forma geral, o indicado é realizar o exame densitometria ósseaque calcula o nível de perda óssea. 
Indicação geral: 
Mulheres – a partir dos 65 anos
Homens – a partir dos 70 anos.
Porém, quando há fator de risco, essa investigação deve começar antes.
A partir do resultado obtido, o médico definirá a periodicidade com que a densitometria deve ser repetida e eventuais orientações e cuidados. 

 Tratamentos
O tratamento é direcionado para minimizar o avanço da doença e prevenir fraturas. Os pacientes fazem uso de suplementos de cálcio e vitamina D, além de reforçarem a ingestão de alimentos que possuam esses elementos. Exercícios especiais, indicados por fisioterapeutas previnem a perda óssea e promovem o fortalecimento dos ossos já fracos. Em alguns casos, o tratamento envolve o uso medicamentos de via oral, subcutâneos ou intravenosos. 

Alimentação e Hábitos diários 

 

– Ter uma dieta rica em cálcio é fundamental. A OMS – Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão média de 1.000mg de cálcio diariamente, e podemos encontrá-lo em alimentos de fácil consumo, como o leite e seus derivados, feijão, nozes, castanhas, sardinha e verduras de cor verde escura (brócolis, espinafre, couve etc). 
Se puder, conte com o apoio de um nutricionista.
 


– Tomar sol diariamente ativa a vitamina D, a qual tem como principal função facilitar a absorção do cálcio nos ossos. A exposição ao sol deve ser moderada, de 15 a 20 minutos, sem o uso do protetor solar. 

– Praticar atividades físicas regularmente é uma excelente e prazerosa forma de ajudar na prevenção. Prefira caminhadas, natação, hidroginástica, musculação e danças. Evite os exercícios de alto impacto, como lutas e esportes de contato (futebol, basquete), eles oferecem grandes riscos de fratura.
– Não consumir bebidas alcoólicas e não fumar também ajuda – as substâncias presentes nesses elementos agem diretamente no organismo reduzindo suas reservas de cálcio, um dos principais componentes dos ossos.
Por ser conhecida como uma doença silenciosa, não perca tempo: procure um médico para fazer uma avaliação clínica
Quanto mais cedo o diagnóstico, menores as chances de fratura. É esse o foco da prevenção e tratamento: evitar as fraturas para viver bem! 

 

Conte comigo.
Dra. Tatiana K. Muller
Reumatologista