O que a espondilite anquilosante e o lúpus eritematoso sistêmico têm em comum?

Primeiramente, ambas são doenças distintas, mas que compartilham algumas semelhanças, como a inflamação das articulações. Conheça melhor cada uma delas.

A espondilite anquilosante (EA) se caracteriza por uma inflamação que afeta as articulações da coluna vertebral, as articulações sacroilíacas, podendo também comprometer grandes articulações, como quadris e joelhos.

Seus principais sintomas são:

  • fadiga;
  • dor e rigidez na região da coluna lombar e nádegas;
  • articulações inchadas e doloridas, podendo haver limitação dos movimentos da
    coluna.

Importante dizer que os sintomas são mais intensos no período de repouso, à noite ou ao acordar.

Acredita-se que ela é ocasionada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, embora a causa exata ainda seja desconhecida.

Já o lúpus é uma patologia sistêmica que pode afetar várias partes do corpo, incluindo articulações, pele e, até mesmo, órgãos como rins, coração e pulmão.

Os sintomas mais frequentes são:

  • alterações na pele;
  • perda de apetite;
  • emagrecimento;
  • febre baixa;
  • cansaço e
  • diminuição do número de células no sangue.

Eles variam em intensidade, de acordo com a atividade da doença.

Essa condição ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca os tecidos e órgãos saudáveis, provocando inflamação. A causa exata também é desconhecida, mas sabemos que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante no seu desenvolvimento.

Ambas são enfermidades autoimunes, o que significa que o sistema imunológico ataca o próprio corpo, daí a semelhança entre elas. Além disso, as duas podem ocasionar inflamação crônica e dores, embora na EA elas sejam mais restritas à coluna vertebral e articulações e, no caso do lúpus, podem afetar uma variedade de órgãos e sistemas. No entanto, as duas condições podem levar a uma redução da qualidade de vida.

É importante ressaltar que elas têm tratamento, embora não tenham cura, e que requerem uma abordagem de tratamento individualizada, sempre com base nos sintomas e necessidades de cada pessoa.

Portanto, é de grande importância consultar uma reumatologista a fim de obter o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Dra. Tatiana K. Müller
Reumatologista